Almir Fonseca


Soneto

Olhando a vastidão do céu, eu, desde jovem, Admiro do Universo os mistérios profundos, E desejo saber por que milhões de mundos Sustentam-se no espaço e em órbitas se movem... Com a Ciência examino os teoremas rotundos Que os sábios, através dos séculos, promovem, E não vejo quaisquer resoluções que provem Os Planetas e o Sol de onde são oriundos... Procuro e não encontro em toda a Astronomia, Nas leis fundamentais dos grandes Galileus, Onde acaba o Universo e o Cosmo principia... E creio, concluindo os pensamentos meus, Que, embora contrariando a vã Cosmogonia, — Não há fim nem começo — em tudo existe Deus...


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