Celso Pinheiro
Gilbués
Gilbués! Gilbués! ó terra alvissareira,
Como uma flor sonhando aos ósculos do clima!
Que ternura, que amor, que glória é que te anima,
Ó soberba porção da Pátria Brasileira?!...
Foi aqui que pousou a sílfide primeira,
Esfolhando, a cantar, o bogari da Rima,
E a Santa Primavera, em coleios de esgrima,
Semeou graças, perdões e alou-se feiticeira...
Ó doce Gilbués de Serras e Malhadas,
As blandícias de um céu de seda e de veludo,
Como um desdobramento eterno de Alvoradas!
Que pena eu te avistar sob a angustura louca
Da Mágoa que me põe no inferno deste entrudo:
— Fel no coração, fel nos olhos, fel na boca!...
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