César William


O Errante

Por um erro me fiz errante, Mais errante que o erro do errado Mil tropeços no meu passado, Os infernantes constando Dos meus retalhos. Sem dúvida, com mágoas Meu sorriso pichado. Ó triste dor tão infinita: Não me inflame agora Não me deixe ser um errante, O mesmo que ontem amava Nas curvas de um delirante. Um errado errante, Um facínora Um desamante. Tantos sonhos refeitos, Tantos tombos levados... Viver numa clausura com incúria Tamanha fera, qual a rua desabitada. Nos degraus de uma ponte pitoresca? Na esquina de um velho sobrado?... Não importa É um errado, Um errante de sonhos mutilados Pelo poder da censura


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