César William


Labirinto

Libertei-me da muralha, Agora sou escravo das profecias. Estou nutrindo-me de migalha Em cada canto das periferias. Agora sou hálito infame No cume da cumplicidade. Entre mil doenças... "Derrame"... A centelha da humanidade. Continuo perdido À procura de outra "muralha" Agora sou parto ferido Nutrindo-me de nova migalha... De nada adiantaram as leituras Se agora sou somente vestígio em um ermo de mil amarguras Não sei mais o que fazer (perdi o prestígio) Sou agora o único sobrevivente Deste labirinto medonho. Preciso de um verso urgente Para findar este sonho...


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