Djalma Andrade


Artista

Que graças pões, Maria, e que cuidado No arranjo e na feitura do teu ninho! Eu nunca vi um quarto de noivado Feito com arte tal, com tal carinho... Nas fronhas lindas e no cortinado, Na alvura dos lençóis de puro linho, Transparece o teu gosto requintado. Benditas sejam tuas mãos de arminho! No teu leito há talento, eu te asseguro, E ninguém poderia, amor, supô-lo: — Em tão pequena coisa, tanto apuro... E eu penso vendo o teu bom gosto e zelo, Se tal arte tu mostras em compô-lo Que perícia terás em revolvê-lo!...


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