Danilo Melo


Náuseas

Saltitante entre as marquises O desespero revelado de cada dia Aqui jaz a substância humana Armazenada em programas de computador E a carne meus amigos, A carne finge que é bela. Crônicas do massacre urbano e livre O amor enlatado e vendido com etiquetas de 1a qualidade Aqui descreve-se a moral do ocidente escrita em boas maneiras. Promíscua continua a poesia procurando a existência Deserto é o coração, o homem permanece cheio Todo o cosmo ri de mim quando faço poemas minha linguagem é de um mundo atrasado Preocupado eternamente com a morte, em vez da vida. Sente-se fome de si, e náusea.


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