Ernâni Rosas


O Sonho-Interior

O Sonho-Interior que renasceste era o Poema dum Lírio do Deserto, o vinho de Outras-Almas que bebeste fatalizou o meu destino incerto... Depois por Ti em Sombras de degredo encerrei a minha alma desolada, tive a tua visão crepusculada na Beleza fugaz do meu segredo... Perdeu-se-me ao Sol-Pôr teu rastro amado! qual Cipreste, no Poente agonizado, — na demência autunal duma Alameda... Velaram-se Sudários teus Espelhos... ante o cerrar do teu Olhar de seda, que era um descer de lua em cedros velhos


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