Frutuoso Ferreira


Sousa Andrade

Erguem brumas do mar do etéreo brilhantismo, Num faustoso Ocidente umas exéquias grandes... Loira tarde no céu. Desse cristal dos Andes Rola um Sol a cair nas vastidões do Abismo. E na augusta amplidão daquela tarde enorme Surge um vulto de azul de esplêndida safira: É a bela Guimarães... A Pátria que delira Na opala sideral do Ocaso que ali dorme. É que entra nos Panteons da cérula turquesa, O Gênio imorredoiro, escultural do Guesa, O Gênio que entre nós chamou-se Sousa Andrade. Como as que ele sonhara eternamente belas, Possam novas coroas desfolhar-lhe estrelas, Por sobre a noite azúlea da ampla Eternidade.


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