Frutuoso Ferreira


15 de Novembro

Repúblicas dos céus tão belas, tão faustosas... Oh! Quem vos concebera as formas grandiosas? — Quem fora esse Escultor dos vossos alabastros E o Fáon que acendera os fogos desses astros? Sereias ou vestais de uns esplendores lácteos, Em meio às amplidões de aéneos céus, eufráteus, Por entre o oiro e o azul de siderais Elêusis, Vossos seios, em flor, de apocalípticos deuses, Entre a pompa a escander, dos arrebóis ardentes E o deserto e o negror das noites arquialgentes: — Quem vos alcandorara as negridões nevosas, Repúblicas dos Céus... Valquírias... Nebulosas?... Minh’alma é vaga e loira assim como as Quimeras, Eu ouço a melopéia ardente das esferas, Eu sigo no Infinito os grupos das visões ................................................................................ Eu sou como Aassvero, eu venho de outras plagas Remotas, de outros céus azúleos como as vagas, Exausto e já cansado atrás das harmonias, Deixai banhar-me aí ao sol das Utopias, Nas vossas regiões adúleas, peregrinas, Quero beber a luz das vastidões divinas, Repúblicas do Azul... Valquírias... Nebulosas...


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