Da janela eu procuro um ponto Procuro sua direção e não vejo Meus olhos atravessam os postes, os muros, as ruas, vazam as fibras, os vidros, os prédios Mas minha vista não te alcança Para que lado fica a minha vida? As luzes de longe são pequeninas e através delas nada de ti eu avisto Elas não me apontam os campos E os campos alheios que me habitam são sempre os mais belos