Inscreve teu poema no tempo como no tempo estás inscrito: — um silencioso grito juntando os cacos da solidão. Estás partido, e teu poema é só um eco sem raízes ou audível chão. Contudo cantas, e tua voz, rouca, vai desvendando as faces do mundo sob tua pele escondidas. Canta, canta que aprenderás o tempo, teu relógio de pulso ecoando efêmero teu coração — o relógio enorme da catedral e o silêncio.