Maranhão Sobrinho


Tela do Norte

No estirão, percutindo os chifres, a boiada monótona desliza; ondulando, a poeira, em fulvas espirais, cobre toda a chapada em cujos poentes o sol põe uns tons de fogueira. Baba de sede e muge a leva; triturada sob as patas dos bois a relva toda cheira! Boiando, corta o ar a mórbida toada do guia que, de pé, palmilha à cabeceira... Nos flancos da boiada, aos recurvos galões das éguas, vão tocando a reses fugitivas o vaqueiros, com o sol nas pontas dos ferrões... E, do gado o tropel, com as asas derreadas quase riscando o chão, que o sol calcina, esquivas, arrancam coleando as emas assustadas...


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