Paulo Mendes Campos

Remetido por Isolda Pedrosa - isolda@tba.com.br

Amor Condusse Noi Ad Nada

Quando o olhar adivinhando a vida Prende-se a outro olhar de criatura O espaço se converte na moldura O tempo incide incerto sem medida As mãos que se procuram ficam presas Os dedos estreitados lembram garras Da ave de rapina quando agarra A carne de outras aves indefesas A pele encontra a pele e se arrepia Oprime o peito o peito que estremece O rosto a outro rosto desafia A carne entrando a carne se consome Suspira o corpo todo e desfalece E triste volta a si com sede e fome.


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