Rosalina Coelho Lisboa


S. Luís

Na caravela real, que o mar verde balança, Entre adeuses febris da multidão em terra, E êneos choques casuais de petrechos de guerra, Embarca a fina flor da nobreza de França. O velame se enfuna a um vento de bonança, E essa legião de heróis, que o destino desterra, Na ambição de lutar e de vencer, encerra Em páreas e troféus a guerreira esperança. Na fé, que lhe enche o olhar e lhe ilumina o aspeito, Um homem sobressai de soberano porte; Traz da cruz, na loriga, o símbolo perfeito: — É el-rei S. Luís, que vai, abroquelado e forte, O orgulho à fronte, o gládio à mão, o escudo ao peito, Cavaleiro de Deus, à conquista da morte!


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