Sou todo nervos, todo ansiedade
Em mim a angústia e a impaciência moram
E me consomem, todo me devoram
Em cada instante que é eternidade.
Tento conter a irritabilidade
E as explosões que a custo não me afloram
Esperas são fantasmas que apavoram
E fazem-me beirar a insanidade.
Sinto meus nervos tensos, esticados
Por vezes totalmente arrebentados
Como cordas de um pinho destruído.
Caminho a passos largos pela casa...
Quero vencer um vendaval que arrasa
E no meu peito inteiro está contido. |