Aramis Ribeiro Costa  

Inquietação 
 
                                                                                   
Sou todo nervos, todo ansiedade
Em mim a angústia e a impaciência moram
E me consomem, todo me devoram
Em cada instante que é eternidade.

Tento conter a irritabilidade
E as explosões que a custo não me afloram
Esperas são fantasmas que apavoram
E fazem-me beirar a insanidade.

Sinto meus nervos tensos, esticados
Por vezes totalmente arrebentados
Como cordas de um pinho destruído.

Caminho a passos largos pela casa...
Quero vencer um vendaval que arrasa
E no meu peito inteiro está contido.

                                                       

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Página  editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  18  de Fevereiro de 1998