Aramis Ribeiro Costa  

Cirandas 
 
                                                                                   
Aquele anel que tu me deste e que era
De vidro se quebrou.  Aquele amor
Que tu me tinhas (tinhas?  Eu quisera!)
Era pouco, tão pouco, que acabou.

Ciranda, cirandinha em primavera 
Parece coisa boba, sem valor
Mas a ciranda (ah!, controlar, quem dera!)
Foi rodando, e meus sonhos me levou...

Hoje inverno cirandas de uma espera 
Na amargura de tempos sem calor 
(Ah, cirandas, pará-las quem pudera

Salvando o que de sonhos me restou!)
Cirandas, cirandinhas a rodar
A volta, e volta e meia vamos dar...

                                                       

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Página  editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  18  de Fevereiro de 1998