Aramis Ribeiro Costa  

Soneto dos Olhos Verdes 
 
                                                                                   
Esses teus olhos verdes, cor de mar,
São oceanos verdes de esperança
Onde as vagas, sem fim, do teu olhar
Brincam de amor, em rosto de criança.

Quando esses olhos verdes, a sonhar,
Fazem-se vagas, em brejeira dança,
Sinto a tristeza imensa de te amar
E ter-te sempre apenas em lembrança.

Esses teus olhos verdes, transparentes,
São lindas ondas verdes, envolventes,
A segredar paixão que não confessas...

E nessas ondas mansas ou revoltas, 
Sobrenadando qual espumas soltas, 
Vejo infinitos feitos de promessas...

                                                       

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Página  editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  26  de Fevereiro de 1998