Depois da publicação de "Margem Rio Mundo", o poeta piauiense
Álvaro Pacheco retorna com o livro de poemas "Sonho dos Cavalos
Selvagens".
Se no livro anterior havia a presença maior do sentimento da terra
e em segundo plano a fatuidade humana, neste "O Sonho dos Cavalos Selvagens"
o poeta concentra a sua visão num sentimento de nostalgia do homem
e das coisas circunstantes. A brevidade do amor, das ilusões,
o mistério da mulher, marcam o travo dos últimos poemas de
Álvaro Pacheco.
O poeta usa, de preferência, o verso livre, dando à estrutura
de cada poema um ritmo próprio — sua linguagem é suficiente
e limpa, e embora trate dos temas chamados "eternos" da poesia, não
cai no tradicionalismo verbal de alguns poetas que não conseguiram
evoluir.
Álvaro Pacheco está ligado, assim, a uma corrente que faz
da poesia o sentimento de seus humores e de suas idéias, a uma poesia
que é mais veiculo do que propriamente criação, e
que se nutre de uma visão humana das coisas ("O Sonho dos Cavalos
Selvagen)s. |