Se gira o céu na lã de cada ovelha,
desponta o chão na mesa e os galhos cobrem
o marinho sonhar da rude tábua
onde os braços repouso, enquanto vejo,
nos laivos da madeira, húmus, aves,
a chuva, o sol e um eco retardado
de um amando viver, sem mais resguardo
do que passar as mãos nas sobrancelhas
contra o osso de um rosto fatigado
de ser longo e vincado por um sonho,
em que um dia voltava ao outro dia,
num mover de sanhaços regressados
aos ramos que a memória desta mesa
vai abrindo no espaço. Serenava. |