As mãos do pobre e a forma da lagosta
vendo, chorei. Meu corpo, feito adeus,
era só, machucado pé no esterco,
pesava sobre mim toda a beleza.
Havia um cesto e nele alguém botava
as cabeças cortadas dos borregos.
Aprendi a cantar acompanhado
de impaludismo, sede e fezes verdes.
Na madrugada, a fome dos bezerros.
As mãos passava em torno das bicheiras,
quando vi, na celagem das campinas,
erguido em dor, dourado mar barroco,
sol e sombra lavrando um cão sarnoso
e um porco morto com o céu por cima. |