Ordenha, ferra, encerro: o humilde cerco
dos seres e das cousas vou fazendo,
e a riqueza do mundo, a fauna, os ventos
na minha curta pele vou cosendo,
ilhéu neste morrer, jamais morrendo
nos momentos que colho e que rejeito,
centauro desta carne e de outra, ausente,
que o verdor do passado vai vivendo.
O esperar para o amor, roçando a morte
em lençóis, massapês, tucuns de redes,
volta, agora, lunar, eternamente.
O instante que de amar o que deixava
partir fez mais amor, fiel, consente
em ser soma de tudo, amor sem gente. |