Na relva iluminada pelos pássaros,
reclinas o teu corpo. Separada
dos dois lados da noite, quando o sol
recolhe ou desenrola as suas velas,
do touro ao meio-dia, e das fases
da lua, e do que muda e se disfarça,
e das grama e das aves que ali pastam,
respiras, te espreguiças, alinhavas
o teu ser contra o céu, enquanto passam
o chuviscar, o abrir do sol, os galgos
do verão e do inverno, as estações
da manga e do caju. E vais, deitada,
como um barco na praia, alheia ao tempo
a se bordar no bastidor da tarde. |