Arlete Nogueira da Cruz


Rua dos Afogados

Rua de verdade e de sobrado onde um sol lhe cai em vertical onde um herói quer-se afogado libertando sua ilha natural. Rua que recolhe o moribundo sacrifício de quem por ser mortal mergulha e eleva-se num mundo de mariscos, de algas e de sal, Rua que sobre rumo ao porto desta ilha que se quer liberta rua que transformava o morto silêncio da cidade — ó rua de indormidas noites e aberta para o poeta descer a sua lua.

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