Arita Damasceno Pettená
  Remetente Afonso de Almeida  - fa@tba.com.br
Tarde demais
					Era frio, muito frio .
					Frio na tarde, frio em mim..
					Olhos em pranto,
					Alma em desencanto,
					Parti a caminhar .
					E no melancólico crepúsculo,
					Ouvi uma voz que dizia :
					Esqueça !
					ConTinuei a caminhada .
					Era noite, muito noite  então .
					Estrelas perfilavam o firmamento,
					Num brilho nostálgico o solitário .
					E dentro da noite vazia,
					Rosto banhado em luar,
					Ouvi outra voz que dizia :
					Perdoa !
					Prossegui a cavalgada .
					E já não havia mágoa
					E nem mais  ressentimento .
					Foi quando então o coração falou :
					Volta !
					Voltei .
					Mas era tarde,
					Muito tarde então .
					Nunca mais o encontrei!
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