Criança velha o meu velho amigo,
testosterônico e a abotoar dietas,
reflete pânico no andar nervoso
vendo-se novo na embalagem antiga
atrás de abrigo nas emoções que restam.
A moldura, outrora, era-lhe um colosso,
fogoso amante entre juras eternas,
político audaz crepitando chamas
na messe de palmas e das promessas.
Final amargo...
em lerdas tarefas ao fruto maduro
na dorida estrada dos seus táteis calos,
tremem-lhe as pernas, a voz se amofina
e do palanque mudo
não vê mais os decotes de ousados atalhos
com as emoções em chucro galope
e nada se anima
na passarela de iluminadas épocas.
O riso corta-se, permanece o hábito
no vácuo ou paraíso das reações quietas. |