O beija-flor
viu no jardim um vidro
(não estava escondido)
no meio de seixos pequeninos.
Curioso,
bicou o gosto de resina
e nunca mais nasceram flores.
Voou na direção do "i"
(seixo sem "i" não é pedra, é pílula
ou arroto aos conceitos e brocadas usinas)
sem fermentar ônus
nos geométricos debruns,
mas o bônus libertário
da ansiedade antiga.
A noite incendiou-se
iluminando a busca espasmódica
na forma nunca obsoleta.
E agora,
se a osmótica substância manchou o tapete
com a multidão suicida,
é simples conflito interior
(morte cinza ou quase branca
da geleia de vidas)
no campo que temia o beija-flor. |