Américo Gomes


Beira Molhada

Tu és muito sem vergonha Claudete, Fostes comunista, atéia E agora, charlatã? Dissestes mil vezes rindo Que teu sorriso tão lindo Era de prazer, de sonho E agora, nem me liga Teus ideais, tua briga Era fumaça no céu Quem virá te socorrer Quando um dia renascer Essa vontade serena Que cresce, reina, governa A rebelião eterna Quanto mais me passam a perna Mas eu fico corajoso E mais o meu sonho aumenta Se agiganta à minha frente O desejo de lutar A minha gente inda sonha E tu Claudete, medonha Foge do teu pesadelo.


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