Américo Gomes
Cibertolo
Eu ja fui um internauta
Som de modem, som de flauta
Cibernauta digital
Surfava toda a Web
Mails mandava, vocaltec
minha serva, listserv
Era minha companheira
por entre roteadores
Mas o teclado era frio
Eu era peixe sem rio, sem açude, sem maré
Voltei a sair à rua
Abracar a noite nua
As madrugadas sem fim
Cebertolo, cibernada
Mais vale um boa amada
No gibabaite da rede
Não essa de navegar
A rede de balançar
No singelo vai e vem
E quem quiser internet
Ficar inerme internado
Pelas redes virtuais
Fique aí, não diga nada
Pois nessa rede safada
Embora Gates agite
Não arrumei namorada
Fiquei na superestrada
E uma baita tendinite
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