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Revista de Cultura nº 4/5
Fortaleza/ São Paulo, novembro de 2000
Editorial
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Expediente
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Matérias
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Portal da Agulha
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editorial




Quantos são os internautas, os usuários da Internet no Brasil? Nos últimos meses, foi divulgada uma variedade de números, compondo estimativas de algo entre oito e dez milhões de usuários. Logo esse número ultrapassará aquele de computadores em funcionamento, pois, além de provedores grátis, há acessos públicos em bibliotecas e outras instituições, para quem não possui computador. Por isso, cada vez menos a Internet será algo restrito, coisa para minoria.

A principal dificuldade enfrentada pelo usuário da rede ainda é o caos, a espantosa mistura de incompetência e alta tecnologia composta por provedores despreparados, telefonia precária, linhas que caem, informações que não se carregam, computadores que travam, e-mails que não chegam ao destino, conexões de banda larga demasiado caras. Isso, além da proliferação de imbecis eletrônicos a nos bombardear com seus megabites de mensagens inúteis, complementando o trabalho de hackers e disseminadores de vírus. 

Por isso, um dos editores desta Agulha, outro dia, depois de permanecer durante uma hora diante da tela, abrindo sites de busca, atualizando o que havia preparado para uma palestra, saiu do mundo virtual, ao dirigir-se à estante para abrir um pesado volume da sua velha Encyclopaedia Britannica, com alívio e satisfação, sensação de pisar em terreno sólido.

Mesmo quando houver sido superada a fase caótica, o período do crescimento explosivo da internet, a função dos veículos literários nessa rede ainda será objeto de discussão. Servirão como instrumento de consulta, mais que de leitura? Haverá a relação sinérgica entre livro e internet, com a transmissão eletrônica servindo à melhor difusão do texto impresso?

Estatísticas mostram que a proliferação de sites não provocou queda, mas sim o aumento da compra e circulação de livros. Mas isso, no assim-chamado Primeiro Mundo. No Brasil, tudo pode ser diferente, e para pior. Com nossos baixos índices de um hábito de leitura mal implantado, livros caros, distribuídos e noticiados de modo precário, o ensino que não consegue formar leitores, é possível que a transmissão eletrônica venha a concorrer com a cultura da escrita, em vez de colaborar com ela. E aquilo que chega às telas dos computadores pode acabar resultando no mesmo efeito desastroso que hoje têm as xerocópias. Motivos adicionais, esses, para valorizar bons sites literários. E para promover uma reflexão permanente sobre a complexa relação entre a transmissão de literatura pela via eletrônica e a página impressa. 

Contribui para essa discussão o caráter interativo da net, com sua facilidade de transmitir informação, e não só de recebê-la. E, principalmente, a permanência, ou, ao menos, a durabilidade dessa informação. A não ser em bibliotecas e outros acervos especializados, publicações periódicas sobre papel, revistas ou jornais, têm durabilidade limitada. Descartáveis, acabarão substituídas pelo próximo número da mesma publicação. O texto veiculado em sites e revistas eletrônicas, não: permanece, gravado em uma base de dados, sempre acessível aos interessados, em uma permanente sincronia da informação. É o que ocorre com as matérias de números anteriores de Agulha, agora resgatadas e colocadas à disposição dos interessados. O próximo passo, já em execução, é o registro dessas dezenas de textos em sites de busca, ampliando o contato com leitores. Outras novidades ainda virão. Aguardem.

os editores
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matérias

1. …escutávamos transmissões estrangeiras a quarenta metros… alfonso peña (f.m.)
2. a poesia de jorge lúcio de campos (c.w.)
3. campos de carvalho: prosador surrealista?. cláudio willer
4. clandestino desejo: noturnos de xavier villaurrutia. jorge pieiro
5. enquete aos poetas (c.w.): leonor scliar cabral, thereza christina motta, ruy espinheira filho, cláudio daniel, benjamin valdivia, jorge lúcio de campos, carlos nejar, fausto rodrigues valle, alfredo fressia, eric ponty, hecnor ranea sandoval
6. fernando velázquez: estética de lo invisible es la razón de la savia. juan figueroa
7. francisco matos paoli: canto da loucura. ivan silén
8. François Villon - Un homme de douleur et sont chemin d´épines. iosito aguiar
9. la poesía de luis hernández, veinte años después. pedro granados
10. lauro maia: o acendedor de lampiões. calé alencar
11. los exilios de james joyce. peter gardner
12. max ernst: além da pintura. floriano martins
13. marosa di giorgio: don y ritual. luis bravo
14. oswald spengler: uma poética da história. marco lucchesi
15. patrão é o leitor: uma conversa com josé nêummane pinto. lúcio vilar
16. por una ecologia de la condicion humana. rodolfo alonso
17. ruidurbano: a ficção de uílcon pereira. floriano martins
18. sérgio campos: a fortuna e os rumores da crítica. leontino filho
19. tomás eloy martínez: gracias por escribir. josé mármol

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expediente

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apoio cultural 
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crédito possível de ilustrações
alfonso peña, foto © alana e. dodge
max ernst, fotos © josef breitenbach, reinhart wolf e lord snowdon
lauro maia, imagens © acervo equatorial produções
carlos nejar, foto © alexandre garcia mendez
collage do portal © floriano martins
banco de imagens © acervo edições resto do mundo
traduções de textos de alfonso peña, francisco matos paoli e ivan silen © floriano martins
traduções de poemas de xavier villaurrutia © jorge pieiro
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sobre os colaboradores
alfonso peña. ficcionista (andromed@racsa.co.cr) costa rica
alfredo fressia. poeta (alfress@originet.com.br) uruguai
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calé alencar. compositor (equatorialc@zaz.com.br) brasil
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cláudio daniel. poeta (efroes@sti.com.br) brasil
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eric ponty. poeta (alderei@mgconecta.com.br) brasil
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jorge pieiro. ficcionista (jorgepieiro@secrel.com.br) brasil
josé mármol. poeta (JMarmol@bpd.com.do) república dominicana
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pedro granados. poeta (pedro_granados@hotmail.com) peru
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rodolfo alonso. poeta (gonyparanoico@hotmail.com) argentina
ruy espinheira filho. poeta (refpoeta@bahianet.com.br) brasil
thereza christina motta. poeta (tmotta@uol.com.br) brasil
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