Futuros ou não,
viajemos um para o outro, tranquilos;
viajemos, sombras fugidias, levemente
eternas:
- Tu para mim, eu para ti.
Futuros ou não,
passemos nos lábios inventando o fogo,
passemos nos corpos repartindo as nascentes,
passemos nas almas pronunciando espaço.
Como o ruído dos passos gasta a solidão
dos caminhos,
assim tu em mim,
chegada de muitos gestos, dum mundo e de
outro mundo, do alfa e do omega. |