António José
Maldonado
Limite Cultivado
Poderei esquecer o artifício desta morada?
Nela fixámos cultos escritas
erosões de um passado
Tão fácil arrumar o armário
sítios volumosos a que retirámos vocábulos
Mas que sobra deste chão
dessa porta sem número
com fantasma privado?
E será isto a casa?
A casa é a casa
e a mão a mão?
Ali reunimos utensílios
vassalagens
opostas celebrações
Vestidos de cânhamo antigo
invocamos as aves lúcidas
das imagens
- Mas que desvio de nome cometemos? |
Do livro "Limite Cultivado"
- Ulmeiro, Lisboa, 1984
Remetente : Maria
Alice Vila Fabião
[ ÍNDICE DO
AUTOR ][ PÁGINA
PRINCIPAL ]
|