Jornal de Poesia

 

 

 

 

 

 

 

Alberto da Cruz


 

Ingênuas, angélicas e sofredoras -
Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco


 

Confirma-se a afirmação angelical da figura feminina nas novelas camilianas, tendo como base de análise a obra "Amor de Perdição".

Duas personagens enquadram-se na questão da penitência do amor: Mariana, filha de João da Cruz e, Teresa, filha de Tadeu Albuquerque. As duas jovens têm em comum o amor por Simão e, de maneiras diferentes, a impossibilidade de realizar este amor.

Comparadas a anjos, tendo em si próprias, características angelicais, demonstram no romance uma dignidade sublime, a isto comprova-se nos estereótipos destas personagens.
 

Mariana é dedicada tanto ao pai quanto a Simão. Quando o mancebo, acamado por um tiro, é deixado aos seus cuidados, ela o trata de forma doce e preocupativa. Contribuindo com sua meiga figura, também possuía um tom enigmático, como se pode notar nos momentos em que ela contava seus sonhos e afirmava que estes se realizavam, pareciam na verdade, premonições e, o ato de os contar a Simão, assemelha-se a um sermão. É caridosa ao dar seu dinheiro ao jovem quando este encontrava-se em dificuldades financeiras, sem deixá-lo saber na verdade, quem lhe dera.

Em outro momento, em nome da felicidade do amado, vai ao encontro de Teresa para entregar-lhe carta de Simão, mesmo que isso lhe causasse um imenso desgosto e, ainda, transmitiu a ele todas as palavras que Teresa lhe disse.

De fato Mariana assemelha-se a um anjo, voltando sua vida ao amado, deixando a segurança de sua casa para na prisão cuidar de Simão que estava abandonado e solitário.

A dedicação que a menina conferia ao jovem era mais do que o normal, contentava-se em apenas cuidar, acalmar o desespero de quem o coração queria bem.

Mesmo demonstrando estas qualidades aqui citadas, Mariana resignava-se, apenas com a presença de Simão e, em cuidar dele, saber que o protegia, compensando a falta de amor da parte dele. Maior dedicação do que atirar-se ao mar para abraçar o cadáver de Simão e, com ele morrer, não há. A este fato, sustenta-se a idéia de, como um anjo, foi levar Simão ao céu, mesmo que para o encontro daquela que ele amava, Teresa.

"O ferrador tinha uma filha, moça de vinte e quatro anos, formas bonitas, um rosto belo e triste. Notou Simão os reparos em que ela se demorava a contemplá-lo, e perguntou-lhe a causa daquele olhar melancólico com que ela o fitava. Mariana corou, abriu um sorriso triste, e respondeu:

- Não sei o que me adivinha o coração a respeito de V. S.ª. Alguma desgraça está para lhe suceder... (...)" p. 42

"- E Deus queira que seja o último! ... Tanto tenho pedido ao Senhor dos Passos que lhe dê remédio a essa paixão! ... O pior futuro é o que ainda está por passar..." p. 65

"E Mariana entrara pé ante pé na sala, e, ouvindo-lhe a respiração alta, aventurou-se a entrar na alcova. Lançou-lhe um lenço de cassa sobre o rosto, em roda do qual zumbia um enxame de moscas. Viu a carteira sobre uma banqueta que adornava o quarto, pegou nela, e saiu pé ante pé. Abriu a carteira, viu papéis, que não soube ler, e num dos repartimentos duas moedas de seis vinténs. Foi restituir a carteira ao seu lugar, e tomou de um cabide as calças, colete e jaqueta à espanhola, do hóspede. Examinou os bolsos e
não encontrou um ceitil.

Retirou-se para um canto escuro do sobrado, e meditou. Esteve meia hora assim, e meditava angustiada a nobre rapariga. Depois ergueu-se de golpe, e conversou longo tempo com o pai. João da Cruz escutou-a, contrariou-a, mas ia de vencida sempre pelas réplicas da filha, até que, afinal, disse:

- Farei o que dizes, Mariana. Dá-me cá o teu dinheiro, que não vou agora levantar a pedra da lareira para bulir no caixote dos quatrocentos mil-réis. Tanto faz um como outro: teu é ele todo.

Mariana deu-se pressa em ir à arca, de onde tirou uma bolsa de linho com dinheiro em prata, e alguns cordões, anéis e arrecadas. Guardou o seu ouro numa boceta, e deu a bolsa ao pai. João da Cruz aparelhou a égua, e saiu. Mariana foi para a sala do doente. "
p.69

"- Eu não fiz isto por interesse, meu pai... - atalhou ela ressentida.

- Olha o milagre! Isso sei eu; mas, como diz lá o ditado: quem semeia,
colhe.

Mariana quedou pensativa, e dizendo entre si: - Ainda bem que ele não pode pensar de mim o que meu pai pensa. Deus sabe que não tenho esperanças nenhumas interesseiras no que fiz." p. 72

"A filha do ferrador deu o recado, e sem alteração de palavra" p. 79

"- Não quero ver lágrimas, Mariana - disse Simão. - Aqui, se alguém deve chorar, sou eu; mas lágrimas dignas de mim, lágrimas de gratidão aos favores que tenho recebido de si e de seu pai. Acabo de saber que minha mãe nunca me mandou dinheiro algum. Era de seu pai aquele dinheiro que recebi.
Mariana escondeu o rosto no avental com que enxugava o pranto. "p.91

"- Não tenho que pensar... A minha tenção está feita...

- Fale, minha amiga; diga qual é a sua tenção.

Mariana hesitou alguns segundos, e respondeu serenamente.

- Quando eu vir que não lhe sou precisa, acabo com a vida. Cuida que eu ponho muito em me matar? Não tenho pai, não tenho ninguém, a minha vida não faz falta a pessoa nenhuma. O Sr. Simão pode viver sem mim? Paciência!... Eu
é que não posso...

(...)

Desde este dia, um secreto júbilo endoidecia o coração de Mariana. Não inventemos maravilhas de abnegação. Era de mulher o coração de Mariana. Amava como a fantasia se compraz de idear o amor duns anjos que batem as asas de baile em baile, e apenas quedam o tempo preciso para se fazerem ver e adorar a um reflexo de poesia apaixonada. Amava, e tinha ciúmes de Teresa,
não ciúmes que se refrigeram na expansão ou no despeiro, mas infernos surdos, que não rompiam em lavareda aos lábios, porque os olhos se abriam prontos em lágrimas pata apagá-la. Sonhava com as delícias do desterro, porque voz humana alguma não iria lá gemer à cabeceira do desgraçado. Se a forçassem a resignar a sua inglória missão de irmã daquele homem, resigná-la-ia, dizendo: - "Ninguém o amará como eu; ninguém lhe adoçará as penas tão desinteressadamente como o eu fiz". "p.125

"Mariana estava, no entanto, encostada ao flanco da nau, e parecia estupidamente encarar aqueles empuxões que o marujo dava ao cadáver, para segurar a pedra na cintura.
Dois homens ergueram o morto ao alto sobre a amurada. Deram-lhe o balanço para o arremessarem longe. E, antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir na água, todos viram, e ninguém já pôde segurar Mariana, que se atirara ao mar.
À voz do comandante desamarraram rapidamente o bote, e saltaram homens para salvar Mariana.
Salvá-la!...
Viram-na, um momento, bracejar, não para resistir à morte, mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que uma onda lhe atirou aos braços. O comandante olhou pata o sítio de onde Mariana se atirara, e viu, enleado no cordame, o avental, e à flor da água, um rolo de papéis, que os marujos recolheram na lancha. Eram, como sabem, a correspondência de Teresa e Simão.
" p.141

 

Um tanto diferente, mas não menos importante é Teresa, figura sofredora e determinada ao seu amor. Lutou de todas as formas para ficar ao lado do seu amado, enfrentando as vontades do pai e, preferindo a ida para um convento a casar-se com seu primo Baltasar Coutinho.

Os anjos quando tocam o coração dos homens são capazes de fazer com que mudem os seus pensamentos e atitudes, assim fez Teresa com Simão. Tocou-o com o amor, fazendo com que o jovem rebelde e arruaceiro muda-se de atitude, voltando-se para o estudo e desejoso de um futuro feliz ao lado do amor. Se os anjos são capazes de mudar o pensamento humano e, usando do amor como meio, Teresa pode ser vista como tal. Mas nisso, há um porém, distante de Teresa e vendo suas esperanças para o futuro desfazerem-se à sua frente, Simão desespera-se e regride na sua condição e, volta a cometer atos impensados e vacilantes.

Teresa é a típica mulher cantada no ultra-romantismo, amada e inacessível. Neste aspecto não há como não compará-la a um anjo, distante do toque carnal, fazendo com que quem a ama, sofra de forma cruel pelos motivos que separam-na dele. Mas faz com que esperanças brotem no peito do amante, de forma que o sonhos sejam constantes fugas da realidade, tão ao estilo da geração do mal-do-século.

Tem-se a idéia do amor eterno, aquele que longe do corpo se realiza da forma mais pura. Teresa é o anjo que tenta o protagonista na carne e, o acalma no mundo espiritual.

"No espaço de três meses fez-se maravilhosa mudança nos costumes de Simão. As companhias da ralé desprezou-as. Saía de casa raras vezes, ou só, ou com a irmã mais nova, sua predileta. O campo, as árvores, e os sítios mais sombrios e ermos eram o seu recreio. Nas doces noites de estio demorava-se por fora até ao repontar da alva. Aqueles que assim o viam admiravam-lhe o ar cismador e o recolhimento que o seqüestrava da vida vulgar. Em casa encerrava-se no seu quarto, e saía quando o chamavam para a mesa.
D. Rita pasmava da transfiguração, e o marido, bem convencido dela ao fim de cinco meses, consentiu que seu filho lhe dirigisse a palavra Simão Botelho amava. Aí está uma palavra única, explicando o que parecia absurda reforma aos dezessete anos. Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos seus anos." P.27


"Meu pai diz que me vai encerrar num convento por tua causa. Sofrerei tudo por amor de ti. Não me esqueças tu, e achar-me-ás no convento, ou no céu, sempre tua do coração, e sempre leal. Parte para Coimbra. Lá irão dar as minhas cartas; e na primeira te direi em que nome hás de responder à tua pobre Teresa'." P. 29

"Quando se viu sozinha, Teresa debulhou-se em lágrimas e quis escrever a Simão. Àquela hora quem lhe levaria a carta? Apelou para o retábulo da Virgem, que ela fizera confidente do seu amor. Pediu-lhe de joelhos que a protegesse, e desse forças a Simão para resistir ao golpe, e guardar-lhe constância através dos trabalhos que sucedessem. Depois vestiu-se, comprimindo contra o seio um embrulho em que levava o tinteiro, o papel e o macete das cartas de Simão." P.57

"Não receies nada por mim, Simão. Todos estes trabalhos me parecem leves, se os comparo aos que tens padecido por amor de mim. A desgraça não abala a minha firmeza, nem deve intimidar os teus projetos. São alguns dias de tempestade, e mais nada. Qualquer nova resolução que meu pai tome dir-ta-ei logo, podendo, ou quando puder. A falta das minhas notícias deves atribuí-la sempre ao impossível. Ama-me assim desgraçada, porque me parece que os desgraçados são os que mais precisam de amor e de conforto. Vou ver se posso esquecer-me, dormindo. Como isto é triste, meu querido amigo!... Adeus."
P.63


"- E Teresa?
Perguntam a tempo, minhas senhoras, e não me hei de queixar se me argüirem de a ter esquecido e sacrificado a incidentes de menos porte.
Esquecido, não. Muito há que me reluz e voeja, alada como o ideal querubim dos santos, nesta minha quase escuridade, aquela ave do céu, como a pedir-me que lhe cubra de flores o rastilho de sangue que ela deixou na terra. Mais lágrimas que sangue deixaste, ó filha da amargura! Flores são tuas lágrimas, e do céu me diz se os perfumes delas não valem mais aos pés do teu Deus que as preces de muita devota que morte santificada pelo mundo, e cujo cheiro de santidade não passa do olfato hipócrita ou estúpido dos mortais."
P.97


"Esta é a carta que leu Simão, quinze dias depois do seu julgamento:

"Simão, meu esposo. Sei tudo... Está conosco a morte. Olha que te escrevo sem lágrimas. A minha agonia começou há sete meses. Deus é bom, que me poupou ao crime. Ouvi a notícia da tua próxima morte, e então compreendi por que estou morrendo hora a hora. Aqui está o nosso fim, Simão!... Olha as nossas esperanças! Quando tu me dizias os teus sonhos de felicidade, e eu te dizia os meus!... Que mal tiniam a Deus os nossos inocentes desejos?!... Por que não merecemos nós o que tanta gente tem?... Assim acabaria tudo, Simão? Não posso crê-lo!
A eternidade apresenta-se-me tenebrosa, porque a esperança era a luz que me guiava de ti para a fé. Mas não pode findar assim o nosso destino. Vê se poda segurar o último fio da tua vida a uma esperança qualquer. Ver-nos-emos num outro mundo, Simão? Terei eu merecido a Deus contemplar-te? Eu rezo, suplico, mas desfaleço na fé, quando me lembram as últimas agonias do teu martírio. As minhas são suaves, quase que as não sinto. Não deve custar a morte a quem tiver o coração tranqüilo. O pior é a saudade, saudade daquelas esperanças que tu achavas no meu cotação adivinhando as tuas. Não importa, se nada há além data vida. Ao menos, morrer é esquecer. Se tu pudesses viver agora, de que te serviria? Eu também atou condenada, e sem remédio.
Segue-me, Simão! Não tenhas saudade da vida, não tenhas, ainda que a razão te diga que podias ser feliz, se me não tivesses encontrado no caminho por onde te levei à morte... E que morte, meu Deus!... Aceita-a! Não te arrependas. Se houve crime, a justiça de Deus te perdoará pelas angústias que tens de sofrer no cárcere... e nos últimos dias, e na presença da..."
(...) " p.100


"É já o meu espírito que te fala, Simão. A tua amiga morreu. A tua pobre Teresa, à hora em que leres esta carta, se me Deus não engana, está em
descanso.
Eu devia poupar-te a esta última tortura; não devia escrever-te; mas perdoa à tua esposa do céu a culpa, pela consolação que sinto em conversar contigo a esta hora, hora final da noite da minha vida.
Quem te diria que eu morri, se não fosse eu mesma, Simão? Daqui a pouco, perderás da vista este mosteiro; correrás milhares de léguas, e não acharás, em parte alguma do mundo, voz humana que te diga: - A infeliz espera-te noutro mundo, e pede ao Senhor que te resgate.
Se te pudesses iludir, meu amigo, quererias antes pensar que eu ficava com vida e com esperança de ver-te na volta do degredo? Assim pode ser, mas, ainda agora, neste solene momento, me domina a vontade de fazer-te sentir que eu não podia viver. Parece que a mesma infelicidade tem às vezes vaidade de mostrar que o é, até não podê-lo ser mais! Quero que digas: - Está morta, e morreu quando eu lhe tirei a última esperança.
Isto não é queixar-me, Simão; não é. Talvez que eu pudesse resistir alguns dias à morte, se tu ficasses; mas, de um modo ou de outro, era
inevitável fechar os olhos quando se rompesse o último fio, este último que se está partindo, e eu mesma o ouço partir. Não vão estas palavras acrescentar a tua pena. Deus me livre de ajuntar um remorso injusto à tua saudade. Se eu pudesse ainda ver-te feliz neste mundo; se Deus permitisse à minha alma esta visão!... Feliz, tu, meu pobre condenado!... Sem o querer, o meu amor agora te fazia injúria, julgando-te capaz de felicidade! Tu morrerás de saudade, se o clima do desterro te não matar ainda antes de sucumbires à dor do espírito.
A vida era bela, era, Simão, se a tivéssemos como tu ma pintavas nas tuas cartas, que li há pouco! Estou vendo a casinha que tu descrevias
defronte de Coimbra, cercada de árvores, flores e aves. A tua imaginação passeava comigo às margens do Mondego, à hora pensativa do escurecer. Estrelava-se o céu, e a lua abrilhantava a água. Eu respondia com a mudez do coração ao teu silêncio, e, animada por teu sorriso, inclinava a face ao teu seio, como se fosse ao de minha mãe. Tudo isto li nas tuas cartas; e parece que cessa o despedaçar da agonia enquanto a alma se está recordando. Noutra carta, me falavas em triunfos e glórias e imortalidade do teu nome. Também eu ia após da tua aspiração, ou adiante dela, porque o maior quinhão dos teus prazeres de espírito queria eu que fosse meu. Era criança há três anos, Simão, e já entendia os teus anelos de glória, e imaginava-os realizados como obra minha, se me tu dizias, como disseste muitas vezes, que não serias
nada sem o estímulo do meu amor.
Oh! Simão, de que céu tão lindo caímos! À hora que te escrevo, estás tu para entrar na nau dos degredados, e eu na sepultura. Que importa morrer, se não podemos jamais ter nesta vida a nossa esperança de há três anos?! Poderias tu com a desesperança e com a vida, Simão? Eu não podia. Os instantes do dormir eram os escassos benefícios que Deus me concedia; a morte é mais que uma necessidade, é uma misericórdia
divina, uma bem-aventurança para mim.
E que farias tu da vida sem a tua companheira de martírio? Onde irás tu aviventar o coração que a desgraça te esmagou, sem o esquecimento da imagem desta dócil mulher, que seguiu cegamente a estrela da tua malfadada sorte?!
Tu nunca hás de amar, não, meu esposo? Terias pejo de ti mesmo, se uma vez visses passar rapidamente a minha sombra por diante dos teus olhos enxutos? Sofre, sofre ao coração da tua amiga estas derradeiras perguntas, a que tu responderás, no alto-mar, quando esta carta leres.
Rompe a manhã. Vou ver a minha última aurora... a última dos meus dezoito anos!
Abençoado sejas, Simão! Deus te proteja, e te livre duma agonia longa. Todas as minhas angústias lhe ofereço em desconto das tuas culpas. Se
algumas impaciências a justiça divina me condena, oferece tu a Deus, meu amigo, os teus padecimentos, para que eu seja perdoada. Adeus! À luz da eternidade parece-me que já te vejo, Simão!" p.136-138

 

Dessa forma, tem-se a figura angelical nas novelas camilianas, mulheres puras e dedicadas ao amor. Seres sublimes que sofrem na Terra as mais duras chagas e, procuram no mundo espiritual o contentamento.


Bibliografia:

BRANCO, Camilo Castelo. Amor de Perdição. Ed. Klick

 

 

Camilo Castelo Branco
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27.09.2005