O poeta está só, completamente só.
Do nariz vai tirando alguns minutos De abstração, alguns minutos Do nariz para o chão Ou colados sob o tampo da mesa Onde o poeta é todo cotovelos E espera um minuto de beleza. Mas o poeta é aos novelos; Mas o poeta já não tem a certeza De segurar a musa, aquela que tantas vezes, arrastou pelos cabelos... A mosca Albertina, que ele domesticava,
Quase mulher e muito mosca,
— Albertina!, deixa-me em paz, consente
— Albertina! eu quero um verso que não há!... Conjugal, provocante, moreno e azulado,
E o poeta sai de chôfre, por uns tempos desalmado ...
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