Almeida Garret

Voz e Aroma

A brisa vaga no prado, Perfume nem voz não tem; Quem canta é o ramo agitado, O aroma é da flor que vem. A mim, tornem-me essas flores Que uma a uma vi murchar, Restituam-me os verdores Aos ramos que eu vi secar... E em torrentes de harmonia Minha alma se exalará, Esta alma que muda e fria Nem sabe se existe já.
Material Coligido por Ricardo Madeira - ricmadeira@mail.telepac.pt


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