Álvaro Pacheco

Canto Rubro
 
  
Que é um homem sem seu amor
(seu elemento de culpa
seu dado de desespero)
seu quociente de dor?

Que é um homem sem sua sorte
(seu astrolábio quebrado
seu norte feito sem rumo)
seu olhar dentro da morte?

Que é um homem sem sua dor
(o vermelho de seu nada
a conta de seu infinito)
sua soma de amor?

 
                                                             Rio, maio de 1969
                                                                                   

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 Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  01  de  Julho  de  1998