— Te compro um vestido bordado
da mais pura seda pura.
— Te dou uma jóia lavrada
no mais puro ouro puro.
— Te dou um pente afiado
na cabeleira mais pura.
— Te dou o dengue, o cuidado
mais guardado da ternura.
— Te dou o êxtase sonhando
por teu corpo, o berço, a jura.
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— Meu senhor, guarde os guardados
não preciso dessas juras
se lhe dou, dou-lhe os passados
que outros reis e soldados
conquistaram no meus muros.
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E a mulher quietacalada
fez um gesto desbrandura
e se fechou-se no nada
da indiferença mais pura. |