Araquém Vasconcelos
Tem sido uma festa o contato com
este conterrâneo, CE, Santana do Acaraú, Alvaçã.
Este nome, alvaçã,
muito me diz respeito. É o fecho-desfecho de Salomão,
inédito, "A noite do Século Cem, de Ésquilo, não será
branca nem preta; uma noite alvaçã", a nossa
crescente miscigenação: quase branco, eu, de cabelo
pixaim. Assim temos sido e cada mais o seremos:
Floriano, Machado, Cotegipe, Nilo Peçanha — a nossa
morenidade, Brasil.
Perguntei ao poeta que alvaçã é
essa onde mora, se alguma terra branca, arenosa, ótima
de mondubim e mandioca.
A resposta, pra lá de prosaica: uma
novilha toda branquinha, do coronel do trecho, que ali
pastava e "sesteava", para ruminar, na sombra do
juazeiro.
Um grande amigo, este Araquém.
Muito assíduo no Facebook, sempre a
comentar postagens deste editor. Quero que ele ajunte
uns dez poemas, de suas cantorias - sempre muito bem
encadeadas, para postar aqui. Por enquanto este, este
indez, índice também de muitas vacas e novilhas morenas.
Poeta, venda essa alvaçã, vaca
branquinha, e faça o seu livro. Aí em Santana do Acaraú,
um cabra competentíssimo, grande amigo, o
Vicente Freitas Liot, pode orientá-lo
perfeitamente. Com o livro debaixo do braço,
distribuí-lo para os seus amigos do Face, de graça, que
livro bom é de mão-beijada. Colocaremos o arquivo
eletrônico para você remetê-lo até para quem não quiser
recebê-lo.
O abraço, meu caro Araquém.
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