Alberto de Serpa


Um Jovem Camarada

Meu Camarada moço, — Lidos os teus poemas, Dizer-te que não temas Dar-lhes fogo, a morte, o esquecimento, Se queres a Poesia, vai para ela Puro, desnudo, de ímpeto violento, Como para a mulher Em que parou teu sonho, — se és o seu. Vai, como ela te quer. Mas se outra chama inflama o teu amor, se outro sonho tão belo te rendeu, Tem a coragem nobre de depor Os versos que não são teu instrumento. Toma outras armas mais condizentes. Não, a Poesia não a violentes! Deixa os versos ao vento ...


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *