2. Pobre flôr. 3. Crepúsculo. 4. Bohemias. 5. No álbum de Dolores. |
O QUE SÃO ESTRELAS
A Jesuina Sampaio Ai! Quantas vezes eu cismo,
E julgo que são pequenas
Caçoulas brancas, sagradas,
Sonhos de moça partidos,
Doces lírios transportados
Mimosos, lindos novelos,
Cada estrela, penso, encerra
Deve ser o Azul brilhante.
Ou, talvez, penas dispersas
Parecem círios divinos
.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. E enquanto cismo, respondem
Jardim - 6 - 1897
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POBRE FLOR !
Deu-m’a um dia antiga companheira
Como se apaga uma ilusão primeira,
E como amava o seu formoso brilho!
Dei-lhe no seio uma pousada franca...
Angicos - 1896 |
CREPÚSCULO
A Julia Lyra Há pelo Espaço um ciciar dolente
.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
.. .. .. ..
O Angelus soa. Vagarosamente
Há pelo Espaço um ciciar dolente
E eu sinto que a tristeza vem suspensa
Rindo e chorando desce ao coração:
Utinga - Novembro de 1898 |
BOHEMIAS
A Rosa Monteiro Quando me vires chorar,
Choro porque, no Infinito,
Do lábio o consolo santo
O seio branco da aurora
Teus olhos cheios de ardores
Sou moça e bem sabes que
Enquanto eu viver no mundo,
Do lábio o consolo santo
Jardim - 8 - 1897 |
NO ALBUM DE DOLORES Escuta-me bem, Dolores,
Tu’alma , irmã de Jesus,
Meu triste nome choroso
Rasga esta folha, Dolores,
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Remetente: Walter Cid