2. Consolo supremo. 3. Eterna dor. 4. Jesus! Maria! 5. Irmãs. |
QUANDO EU MORRER
A Julieta Mascarenhas.
Quando eu morrer... (Quem me dera
... transformem meu coração
De meus olhos façam círios,
e guardem nele, entre flores,
D’aquele sonho formoso
E as saudades orvalhadas
Se d’este repouso santo
Prece que leve, cantando,
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CONSOLO SUPREMO
A QUEM SOFRE
“Bem aventurados os que choram,
Os tristes dizem que a vida
Não acredito que seja
Se há noites frias, escuras,
E rosas também cobriram
Rosas do sangue adorado
Ó alma triste, chorosa
Enquanto vires estrelas
Enquanto, mansa, pousar
Não digas que à luz vieste
Não digas, pobre querida!
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ETERNA DOR
Alma de meu amor, lírio celeste,
Ó minha mãe! Por que no mundo agreste,
Ah! se soubesses como sofro, e tanto!
Aqui na vida - que tamanha mágoa! -
Utinga - Outubro de 1898
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JESUS! MARIA!
A Clotilde Sant’Iago Meu coração guarda escritos
Se o dia nasce e, na altura,
Se a noite desce e, tão brando,
Da ilusão se o sopro lindo
Meu coração, quando pulsa,
Jesus! Maria! Invocando
27 de Julho de 1898.
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RIMAS
A uma menina que pedia
Queres meus versos? São tristes,
Foge do frio da dor,
Teus olhos são lindos, lindos,
Cheios de pranto, pousando
O pranto é que apaga o brilho
E tu, mimosa criança,
Por que procuras o espinho
Da mágoa o triste segredo
Ó anjo! foge da dor,
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Remetente: Walter Cid