2. Sylvio. 3. Minh' alma e o verso. 4. Never more. 5. Hora de paz. |
POMBOS MENSAGEIROS
A Amélia Moura Foi ontem, minha santa,
(Quanta saudade, quanta,
Transformados em pombos cor de neve,
Ó que alegria para o coração
E então, a rir, ó pomba idolatrada!
Alto da Saudade, 31-5-1890
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SYLVIO
A D. Emília Coelho Ribeiro Ó mães que tendes filho, mães
piedosas!
Sylvio morreu. Docemente.
“Não murches, olha de rosa!
Mas Sylvio voou sorrindo
Nossa Senhora é que os leva
Quando se vai n’um sorriso
Jesus lhe entrega, risonho,
Mas, se a mãe padece tanto
Então o pobre do anjinho
E, se o círio, doce e puro,
Pobre mãe! não chores tanto
Depois ouvirás clamar,
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MINH’ALMA E O VERSO
Não me olhes mais assim... Eu fico triste
Cuidavas que era amor o que eu sentia
Cuidavas que era amor? Ah! se assim fosse!
Mas, não, escuta bem: eu não te amava.
E foi assim. Num dia muito frio.
“Eu sou o
orvalho sagrado
Eu sou o pequeno
cofre
Todos os dias
bem cedo
Vem para mim,
alma triste
Meu coração despiu toda a amargura,
Desde esse dia, nunca mais deixei-o;
Não posso dar-te amor, bem vês. Meus sonhos
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NEVER MORE
A uma falsa amiga I Não te perdôo, não, meu tristes olhos
Jamais, jamais, nos delicados folhos
Não te perdôo, não! E em tardes claras,
Não rias para mim que sofro e penso,
II
Ah! se eu pudesse nunca ver teu rosto!
Talvez assim o fúnebre desgosto
Talvez o riso me voltasse à boca
E, então, os dias de prazer voltassem
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HORA DE PAZ
Como é feliz a hora do descanso!
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Remetente: Walter Cid
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