Francisco Batista de Lima

Kalynos

E os sátiros, que à sombra esperavam na estreita Passagem, de repetente erguem-se, — e os mais amantes as prendem, lhes cingindo a cintura e os cabelos... (Américo Faço, in Os Sátiros) Se o vento que me beija a boca, beijasse também a tua, então, extáticos, beijar-nos-íamos, in ævo. Se o desejo que te fela o sexo, fosse o teu desejo que é o meu avidamente também fela, então, no símbolo do câncer, felar-nos-ímos... A realidade, porém, é bem outra: asperges-me com teu hissope vivificador e na floresta, teu pai, vetusto sátiro toca sua flauta concupiscente e encante, e enlouquece, e possui a Ninfa que em mim hás encarnado pelos sortilégios — ao sabor da ambrosia, ardente beijo famélico & rude — que a velha Grécia tos ensinou.


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