E quando eu me tornar
rosas vermelhas
que o luar cobrir com
suas mãos tão leves;
quando já for
silêncio e treva e tudo chão,
e a palavra uma pedra
na garganta,
irei ver outra bem distante,
lá onde os meus
avós já são senhores,
e onde os pássaros
cantam, sempre e sempre,
saudando as madrugadas
dos que chegam.
Aqui, pouco me importa
o que aqui fique...
O meu corpo brotando
em flores quentes
e a cabeleira indo em
raiz no chão.
Irei ver meus irmãos
que aqui são cruzes
e tão lúcidos
lá. Serei, então,
sincero e bom, na verdadeira
pátria. |