Castro Alves


Sonetos

Aos Anos do Meu Prezado Diretor
Mancebos! De mil louros triunfantes Adornai o Moisés da mocidade, O Anjo que nos guia da verdade Pelos doces caminhos sempre ovantes. Coroai de grinaldas verdejantes Quem rompeu para a Pátria nova idade, Guiando pelas leis sãs da amizade Os moços do progresso sempre amantes. Vê, Brasil, este filho que o teu nome Sobre o mapa dos povos ilustrados Descreve qual o forte de Vendôme. Conhece que os Andradas e os Machados, Que inda vivem nas asas do renome Não morrem nestes céus abençoados;
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Mestre, Mestre querido, Pai de Amor, As glórias que conquistas co'a razão, Enchendo de prazer teu coração T'atraem grandes bençãos do Senhor! Os teus louros têm mais vivo fulgor, Que os ganhos ao ribombo do canhão; Que os de um Aníbal, d'um Napoleão, Alcançados das mortes entre o horror. Sim! Que os louros terríveis que Mavorte Ao soldado concede em dura guerra, Todos murcha a idéia só da morte! Mas nos teus vero mérito se encerra, Que não cede do tempo ao braço forte, E alcançam justo prêmio além da terra!...
1861

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