Chove. Um ar triste baila
pelo espaço.
O sol se esconde amortecendo
a frágua
E a terra boa colhe em
seu regaço,
Os milhões e milhões
de pintos d'água
Vertendo os céus
as inocentes báguas,
As enxurradas crescem
num ameaço.
Cessam as lágrimas;
dá-se a deságua
E tudo se harmoniza passo
a passo.
Também no turbilhão
da minha vida,
Quando o perfil de certo
alguém eu traço,
Meu ser inundam lágrimas
sentidas.
E quando dos meus olhos
são vertidas,
Sonho vendo apoiada no
meu braço,
A imagem pura da mulher
querida. |