Geraldo Carneiro

os fogos da fala

a fala aflora à flor da boca às vezes como fogos de artifício fulguração contra os terrores do silêncio só espada espavento espelho ou pedra ficção arremessada ou canção para cantar as graças as virilhas as maravilhas da amada a deusa idolatrada do amor: essa outra voz quase jazz que subjaz ventríloqua de si mesma


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