Caetano de Brito e Figueiredo
Soneto
Prende a Vulcano em mármores Vitrúvio,
que exala irado a crepitante incêndio;
teme a Bahia seu fatal dispêndio,
já chora o estrago do final dilúvio.
As chamas desprezando do Vesúvio,
e dos raios fazendo vilipêndio,
fostes, no arrojo, do valor compêndio,
sendo do fogo, na extinção, proflúvio.
Proflúvio caudaloso, e soberano,
que do Etna de Amor brota o desvelo,
para o público bem com próprio dano;
ó César sem igual, sem paralelo!
ao vosso Império se rendeu Vulcano,
que cede ao maior fogo ao vosso zelo.
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