Carlinhos Brown


Zanza

Na hora que tainha dá no teto Comemos quitute Quieta A treva na relva arriba E o raso nu de barriga Desliga a noite Indaga galo Por um instante do recriado O recriado A manhã chega amanhã Chega pra puxar cadeira Toma café da mamãe Cheira a areia e pêra Chega na galé e deita Cheira a mulher e seiva Na hora que o caminho tá deserto Sem pé de gente por perto As folhas são entendidas Quem zanza revira a vida Bom dia vim te dar Já vinha pra ficar Um abraço, um afago Que vou zanzar Zanza na maré Zanza no barco Zanza na lua cheia E mais mais Zanza no rio azul


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Remetido por Bárbara Jô - bjgmachado@sec.secrel.com.br