Minha dor é só minha. Ganho luz no deserto enquanto morro de sede sobre a cal. Agora, me pensando não resisto, imagino-me Pierrot num carnaval. Caminho no meu silêncio, sou rio e riso. Andei meu caminho com passo indeciso. Na face que tenho pus cores sombrias; nas mãos, só possuo as coisas vazias que herdei da aurora num tempo sem traço. Agora meu passo não vai a nenhum lugar. Ando a esmo nem sinto-me o mesmo.