Bebo água e silêncio como se estivesse lavando a candelária e acendo um poema em cada canto da casa queimando álibis como incensos com claro perfume de ângulos e ácaros Engulo meus próprios olhos numa refeição lívida sem mais nada para pôr sobre a toalha da mesa e saio pela palavra porta rangendo as dobradiças da paisagem na abissal tristeza de um país baldio que nos esquece como guarda-chuvas.